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Eu, pobre de mim!

  • Lorena Mota Negretti
  • 1 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 12 de ago. de 2021



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Quando dispenso energia ocupando-me do outro, roupa do outro, discurso do outro, vida do outro (...) demonstro minha grande fragilidade psíquica, e a escancaro ainda mais, quando uso do meu valioso cotidiano para mostrar a plateia o quanto o outro é ruim. Trata-se da velha e perigosa projeção, aquele mecanismo de defesa que parece negação pura mas não é, parece maldade pura mas não é, pois de puro nada tem. Projetar minhas mazelas psíquicas no outro, parece mesmo um grande emaranhado de conteúdos e de falta de conteúdos. Me perco entre o que é meu e o que é do outro.


Uma ideia: reconhecer o que é meu e quem sabe, se descontente eu ficar, posso então tentar alguma mudança que me favoreça. Mas será? Me custaria tanta energia e no momento a energia está em falta, pois tenho usado todos os meus recursos para me ocupar do outro, resultado, me falta energia aqui dentro.


Preguiçosa eu? Não, você não entendeu nada, não é preguiça. Incapacidade? Também não. E só minha energia vital indo para o lugar errado, fora de mim.

Tive uma ideia, e se eu me lamentar? É, apenas lamentar, chorar e fazer cara feia? Quem sabe alguém acredite que eu, pobre de mim, não tenho a mesma sorte do outro e eu consiga continuar aqui, parada, onde sempre estive, como sempre estive - lamentando.


Eu, pobre de mim, este é meu lugar!

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